Primeiro Inquérito à Economia Social Portuguesa

O Instituto Nacional de Estatística de Portugal (INE) apresentou os principais resultados do Inquérito ao Setor da Economia Social, no passado dia 27 de novembro de 2019 (dia europeu das empresas da Economia Social).

Trata-se de um inquérito realizado pela primeira vez no âmbito do Sistema Estatístico Nacional, promovido pelo INE, entre junho e setembro de 2019, em colaboração com a Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES), tendo como referência o ano 2018, que permitiu obter 3.550 respostas válidas (cerca de 60% da amostra), para apurar informação sobre a caracterização deste setor e práticas de gestão em 2018.

Os resultados apresentados centram-se essencialmente na análise das práticas de gestão das entidades da Economia Social, que foram agrupadas em 5 grandes famílias – Cooperativas, Mutualidades, Misericórdias, Fundações e Associações com fins altruísticos.

De entre os resultados, destaca-se a caracterização dos dirigentes de topo (entendido como o dirigente que ocupa a posição hierarquicamente mais elevada sem subordinação a nenhuma outra) das entidades da Economia Social:

  • Na sua maioria tinham licenciatura ou grau académico superior (mínimo de 49,2% nas Cooperativas e máximo de 78,1% nas Fundações);
  • Em termos de idade, no caso das Mutualidades, Misericórdias e Fundações o escalão de 64 anos de idade concentrava a maior parcela da distribuição referente a esta variável (41,1%, 52,2% e 54,5%, respetivamente). Nas Cooperativas a maioria dos dirigentes de topo tinha 55 ou mais anos de idade (57,3%) e a maior proporção nas Associações com fins altruísticos concentrava-se no escalão de 35 a 44 anos (24,4%);
  • Trabalhavam maioritariamente em regime de voluntariado, variando entre uma proporção de 72,1% nas Fundações e de 88,9% nas Misericórdias;
  • Exerciam a sua atividade de dirigentes de topo sem regime de exclusividade (mínimo de 66,2% nas Misericórdias e máximo de 83,3% nas Mutualidades), e na sua grande maioria acumulavam funções em outras entidades fora da Economia Social.

Pretende-se, num futuro próximo, um desenvolvimento dos resultados do Inquérito ao Setor da Economia Social, nomeadamente através da divulgação de outra informação que permita uma caracterização mais detalhada do setor, em termos das atividades desenvolvidas, composição interna, relações com entidades do setor público e privado, indicadores de medição do impacto social destas entidades e modalidades de financiamento.

Consulte alguns resultados preliminares em https://www.cases.pt/wp-content/uploads/2019/11/27Economia_Social_2018.pdf

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